À austeridade, opomo-nos com luta Versão para impressão
Terça, 05 Fevereiro 2013

troikaruafotodepauletematosNestes tempos de austeridade e flexibilidade laboral, ao contrário do que nos tentam impingir, a economia não cresce, o constante aumento do desemprego é uma cruel realidade que provoca pobreza e trás miséria e fome a milhares de pessoas em Portugal e na Europa.

Artigo de Francisco Alves

  Nestes tempos de austeridade e flexibilidade laboral, ao contrário do que nos tentam impingir, a economia não cresce, o constante aumento do desemprego é uma cruel realidade que provoca pobreza e trás miséria e fome a milhares de pessoas em Portugal e na Europa.

A obstinação ideológica da classe dominante em continuar a cortar nos salários e pensões, nas despesas sociais, acompanhado dum aumento brutal da carga fiscal para os que vivem do trabalho, só pode ter uma resposta forte de luta traduzida em movimentações sociais e populares nas ruas, à escala nacional e europeia como a aconteceu no dia 14 de Novembro de 2012.

Essa Jornada Europeia de Ação e Solidariedade pelo emprego e contra as medidas de austeridade foi um dia histórico para o movimento sindical europeu e para outros movimentos sociais que se opõem as estas políticas de desastre que levam ao empobrecimento dos povos e à destruição do Estado Social.

Teve ainda o apoio de muitas entidades sindicais de outros pontos do globo de que destaco as do Brasil que se uniram e entregaram nas embaixadas de Espanha, Grécia e Portugal três documentos com dados referentes a cada uma das realidades e solicitaram que os mesmos fossem entregues aos Presidentes de cada País de forma a pressioná-los a adotar medidas menos punitivas para os cidadãos.

14Novembro, a primeira greve geral internacional do século XXI, significou um avanço enorme na luta dos trabalhadores portugueses e europeus, alcançou-se um novo patamar de luta articulada à escala europeia, que representa um acumular de forças e um ponto de partida a preservar e manter para a construção de futuras lutas.

O próprio Comité Executivo da CES afirma não existirem precedentes históricos duma ação transnacional desta envergadura, tanto pela amplitude dos protestos, como pelo impacto nos meios de comunicação e redes sociais.

É perante este ganho organizativo e avanço social na luta de massas, que importa encarar e refletir sobre as formas de desenvolver a luta e articular situações nacionais tão díspares ao nível económico, social, político e com diferentes condições objetivas de luta nos países do norte e nos países do sul que nos permitam continuar neste caminho. Sabemos que não é fácil, mas é possível.

As perspetivas que se nos apresentam neste novo ano na Europa, indicam que os efeitos desta crise vão continuar na Irlanda, agravarem-se na Grécia e Portugal e far-se-ão sentir de forma mais intensa em Espanha, Itália e França, não esquecendo a quebra na economia da Alemanha. Os efeitos serão nefastos nas condições de vida dos cidadãos.

As lutas à escala nacional têm de se realizar para a cada momento dar resposta aos ataques dos respetivos governos, e em Portugal serão já em 16 de Fevereiro convocada pela CGTP e no dia 2 de Março pela plataforma Que Se Lixe a Troika. Estamos certos que estas mobilizações populares irão continuar e convergir numa luta geral que conduza ao derrube do governo.

À escala europeia deverá prosseguir, como anunciado, com outra grande mobilização sindical europeia que em Março seja apoiada pelas plataformas e redes das organizações sociais e não-governamentais da Europa.

Juntar forças e potenciar a confiança que o efeito da paralisação simultânea dos trabalhadores em diferentes países, tem de ser o caminho que nos levará a uma greve geral europeia contra a austeridade, forçando a uma alteração política na Europa que submeta o capital financeiro e que a governação seja de facto feita a favor dos povos.

Vamos continuar a trabalhar para que isto seja uma realidade.

Francisco Alves – dirigente sindical


 

Foto de Paulete Matos

 

 

 

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