Destruição, até quando? Versão para impressão
Terça, 26 Março 2013

dividaA troika fez o 7º exame do chamado Memorando de Entendimento.

Veio avaliar o grau de destruição económica e social do país. Quantos milhões de pobres resultaram da aplicação das medidas acordadas com o governo, quanto sofrimento causaram aos reformados e pensionistas com o corte nas suas já magras pensões, que diminuição já ocorreu nos salários dos trabalhadores, quantos contratos coletivos de trabalho foram revogados por decisão unilateral dos patrões, quantas centenas de milhar de novos desempregados foram criados, quantas famílias foram despedaçadas, quantos idosos deixados ao abandono, quantas crianças com fome ...

A lista da brutalidade social é imensa. E já se sabe qual a avaliação. Ainda é preciso fechar mais empresas, diminuir a produção, pôr mais trabalhadores no desemprego, cortar ainda nos subsídios de desemprego e de doença, entregar mais empresas estratégicas ao governo da China, rebentar com a escola pública e com o serviço nacional de saúde. Tanta destruição, só comparável à que resultou das invasões de Napoleão e das incursões miguelistas no século 19.

Baixar o défice e a dívida foram as razões invocadas para a entrada da troika. Mas passados dois anos, nem há menos défice nem há menos dívida pública. Apesar de terem sido recebidos quase 63 mil milhões de euros da U.E/FMI e BCE e de terem sido emitidos mais de 50 mil milhões de bilhetes e obrigações do Tesouro, o que aconteceu foi um aumento colossal da dívida. Em dezasseis meses de governo PSD/CDS-PP a dívida cresceu quase 30.000 milhões de euros, mais de 1,7 mil milhões de euros por mês, 56 milhões de euros por dia, mais de 2 milhões de euros por hora. Para onde foram mais de 110 mil milhões de euros ???

Nos próximos doze meses, até Fevereiro de 2014, e de acordo com os dados do IGCP, a amortização da dívida, incluindo juros, ascenderá a mais de 24 mil milhões de euros... Quantos novos desempregados vai o governo criar, quantos cortes nos salários e pensões vão ainda ser concretizados, que saque fiscal irá o governo avançar para obter este valor brutal de amortização da dívida ? Quanto sofrimento vai o governo infligir às famílias, quantos jovens qualificados vão ser forçados a sair do país, quantos pobres vão ser fabricados, quantas crianças vão passar fome? Quantas vidas vão ser destruídas para remunerar os juros usurários dos especuladores financeiros?

Até quando irão os povos europeus suportar o processo de destruição em curso?

José Castro

 

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