A resposta popular é Greve Geral em 27 de junho Versão para impressão
Quinta, 27 Junho 2013

greve geral copyNuma altura em que Passos Coelho, logo acompanhado em coro por uma série de energúmenos, fala em alterar a lei da greve, a melhor resposta que os trabalhadores e o povo podem dar é exercer o seu direito fazendo a Greve Geral de 27 de Junho em defesa das suas condições de vida e trabalho, defendendo o direito à Greve que em Portugal tanto custou a alcançar e que após o 25 de Abril foi consagrado na Constituição da República aprovada no dia 2 de Abril de 1976.

A luta dos professores foi um grande sinal de unidade em defesa do Estado Social e do direito à greve. O governo sofreu uma derrota.

A Greve Geral é resposta forte e convergente da resistência cidadã às políticas de austeridade que após dois anos da assinatura do memorando com a troika devastou económica e socialmente o País e as pessoas.

A situação financeira degrada-se de dia para dia, o défice não diminui e a dívida está sempre a crescer e ultrapassa já os 127% do PIB, esta é a realidade que o "Excel" e a "chuva do Gaspar" não conseguem desmentir. A dívida é impagável. O governo de Passos & Portas submete o País aos ditames do capital financeiro que torna impossível gerar riqueza e criar de emprego.

A violência do desemprego atinge já um milhão e meio de homens e mulheres e tal como na altura da guerra colonial, todas as famílias tinham um soldado na guerra, hoje todas têm um familiar que engrossa este enorme exército de desempregados. Esta é a velha fórmula do capital para fazer baixar brutalmente os custos do trabalho. É contra esta guerra social que é preciso dar combate e dizer basta à exploração e ao empobrecimento, por isso é preciso estarmos todos nesta Greve Geral.

A ofensiva é contra TODOS, sejam do Sector Privado; do Sector Empresarial do Estado (SEE); da Administração Pública Central, Regional e Local. O roubo dos salários e pensões, o desemprego, o aumento do horário de trabalho é a base da política anti- laboral deste (des) governo.

Acrescentam ainda o congelamento do salário mínimo nacional, novos cortes nas indemnizações e no subsídio de desemprego e doença, o bloqueamento da contratação coletiva, colocam em causa direitos consagrados nos acordos de empresa (AE's), como a redução nos subsídios de refeição, valor do trabalho noturno e de turnos e como cereja no cimo do bolo, o maior despedimento coletivo de sempre na Administração Pública.

A Greve Geral é feita num momento crucial de resposta aos ataques destruidores do governo e crítico face às novas medidas, que com o início da oitava avaliação, a troika e o governo pela boca de Paulo Portas vai anunciar a demolição do Estado Social que querem pôr em marcha através de cortes de 4700 milhões de euros nos serviços públicos, saúde, educação e segurança social.

A população em geral vai sofrer com novas taxas e contribuições sobre pensões, reformas e aumento dos impostos (IVA e IMI) e dos preços de bens e serviços essenciais, como habitação, a eletricidade, o gás e a água. A Greve Geral é para TODOS.

27 de Junho 2013 é o dia da 10.ª Greve Geral convocada pela CGTP desde 1982, a 4.ª greve em convergência com a UGT o que neste momento importa valorizar como um elemento de unidade na ação e um caminho de luta e resistência contra a ofensiva austeritária do capital, da financiarização da economia, da desvolarição do trabalho e da democracia, no plano europeu e nacional.

Esta Greve Geral é pela dignidade e contra o retrocesso civilizacional que marca as políticas de austeridade impostas pela troika, governo e suportadas de muito bom agrado pelo Presidente da República. Exigimos a DEMISSÃO do governo e a marcação de eleições antecipadas que devolvam a palavra ao povo.

A Europa está sob um violento ataque do capital financeiro que se faz representar pela troika (FMI,BCE, CE). Sabemos que esta ofensiva aposta em vergar os povos, tornando-os escravos da dívida e da austeridade. Atravessa vários países e deve ser derrotada pela luta internacional. Este é também o caminho trilhado pela CES – Confederação Europeia de Sindicatos, que exige o fim da austeridade e convocou uma mobilização em todos os países europeus que ocorreu entre 7 e 15 de Junho 2013.

A Greve Geral de 14 Novembro 2012 foi até agora ímpar com dimensão Ibérica e Europeia, foi um ganho organizativo e um avanço social na luta de massas e trouxe-nos a responsabilidade de termos sempre presente a articulação da luta nacional com as lutas à escala europeia é neste sentido que o próximo Conselho Nacional da CGTP de 3 de Julho deve encarar a continuidade da luta em convergência, não só para a repetir mas para a alargar em força e mobilização, sobretudo nos países do Sul.

Em Portugal, como nos países do sul enfrentar a troika é enfrentar cara-a-cara os especuladores e os ideólogos da austeridade, recusando ingerências e pressões sobre a soberania dos povos e o próprio exercício da democracia política e social.

A Greve Geral de 27 de Junho em Portugal é contra um governo em fim de linha a que falta legitimidade política e não tem mandato para esta devastação austeritária. A exigência é: Governo RUA! Para que se abra espaço a uma saída política, evite o desastre económico e permita a recuperação da vida das pessoas sem a "canga" da troika.

A luta cidadã tem enchido as ruas e as praças do nosso País contra as medidas de austeridade, em 27 de Junho, dia da Greve Geral, estamos todos convocados para uma grande mobilização popular que faça ouvir bem alto a vontade dos que estão a ser vítimas do governo Passos & Portas.

Temos 10 milhões de razões para fazer e apoiar a Greve Geral!

Francisco Alves, dirigente sindical

 

 

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