Governo para a Rua! Versão para impressão
Terça, 09 Abril 2013

 governoruaEste governo não é remodelável, nunca o foi, este governo é para cair e para existirem eleições democráticas e não para termos um governo nomeado por Cavaco Silva, esse caminho não é aceitável, o povo tem de decidir por si quem quer a governar.

Artigo de Diogo Barbosa

 Na passada semana, o agora ex-ministro Miguel Relvas abandonou o seu cargo de ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares muito por causa da sua licenciatura - além de ser ex-ministro é também ex-doutor - nada de surpreendente. No rescaldo desta saída, o governo prepara-se para duas coisas, a primeira é o corte nas áreas sociais, o primeiro ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho diz que não aumenta impostos mas que é necessário cortar na despesa do Estado Social para recuperar os 1300 milhões que o Tribunal Constitucional chumbou na passada semana. Ora, o governo que tem, ou deveria ter, como função a manutenção de um Estado Social em que todos/as devemos ter acesso à saúde, educação, habitação, segurança social, quer fazer exatamente o contrário e ir destruindo passo a passo o Estado Social, empobrecendo o país, tornando os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos.

Passos Coelho diz que este chumbo do Tribunal Constitucional vai dificultar as metas da troika, vai dificultar o ajuste financeiro, que as metas do défice vão ser mais difíceis de cumprir, em suma que o país está a ir cano abaixo porque não fazemos o que a troika quer. Pois bem, Teresa Leal Coelho, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD veio dizer que o PSD estava perplexo com a decisão do Tribunal Constitucional, porque vai tornar muito difícil o cumprimento do memorando. Daqui CDS nem ouvir falar, o parceiro de coligação há muito que viu que este governo tem os dias contados e ainda nem a meio do mandato vai, e prepara-se para divergir de mansinho e usar como justificação, o facto de estarem em minoria no governo e nada puderem fazer pois era mau para o país uma crise política neste contexto.

Mas o que temos atualmente é uma crise social e a culpa desta crise social não é apenas deste governo, temos agora o D. Sebastião do PS, José Sócrates, a dizer nas televisão e para todo o povo português ouvir que a culpa não foi dele, que ele fez tudo para salvar o país, que o chumbo do PEC IV por parte do PSD é a grande causa da crise e da entrada da troika no país. São tudo mentiras, Sócrates quer voltar à ribalta e puxar para cima um PS no qual António José Seguro não tem mão e que não está preparado para governar por estar partido internamente e José Sócrates é a imagem nova (velha) de um partido que também não é solução para os problemas do país, porque é também ele subserviente à troika e ao seu memorando.

Quanto a Cavaco Silva pode ficar com seu título de roi fainéant, pois não faz mais que ser preguiçoso e levar este governo ao colo como se fosse um filho decrépito tal como ele é. Este governo não é remodelável, nunca o foi, este governo é para cair e para existirem eleições democráticas e não para termos um governo nomeado por Cavaco Silva, esse caminho não é aceitável, o povo tem de decidir por si quem quer a governar.

A solução para o problema do país não é simples, nisso Passos Coelho tem razão, mas não tem razão na forma como "tenta salvar o país", destruindo-o cada vez mais. A solução passa por um governo de esquerda forte e capaz de romper com o memorando da troika, por uma preparação de toda a esquerda anti-troika para um ato eleitoral que pode estar para mais breve do que se estava à espera. Rasgar o memorando da troika, não pagar juros abusivos, manter e reforçar o Estado Social, devem ser estes alguns dos objetivos base de um programa para um governo de esquerda, há quem se diga de esquerda e que mande depois cartas à troika a dizer que vai cumprir com o memorando, dessa esquerda o povo não precisa, ou essa esquerda se retrata e forma um programa em torno dos/as portugueses/as ou é apenas mais um aluno bem comportado.

Portugal precisa de eleições e de um governo de esquerda que lute por todos/as e por melhores condições de vida.

 

 

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