Ocupemos a rua, ocupemos a luta inadiável! Versão para impressão
Terça, 22 Novembro 2011

 

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Nos últimos dois anos, têm-nos sido desferidos ataques sem olhar a meios, quer aos nossos direitos quer ao património social que, com muitas lutas, algumas bem difíceis, fomos construindo quando encerrámos a ditadura e abrimos espaço à jovem democracia.

Estes ataques, em nome da crise, que atravessa todo o espaço europeu assumindo caraterísticas diferentes consoante o país, têm justificado o injustificável, até há bem pouco tempo: o aumento do tempo para a aposentação, a liberalização e o embaratecimento dos despedimentos, o recurso à precariedade como estrutura de vínculo laboral, os cortes dos salários, dos subsídios de natal e de férias para a Função Pública, o aumento de horário de trabalho no privado, meia hora, forma encapotada de diminuir nesse setor a remuneração, em 6,35%, e o aumento desmesurado dos desempregados e desempregadas!

Se juntarmos ao que atrás descrevi, o desaparecimento de respostas próximas à população nas áreas da saúde, dos transportes, da educação, da cultura, percebemos que o que está em marcha é o empobrecimento geral do país e o caminho para uma recessão de que dificilmente sairemos se nada fizermos em contrário.

Ao longo da história, a luta de quem trabalha, mesmo que demorada e dura, tem conduzido os povos ao desenvolvimento e ao progresso social. Assim, é tempo de na rua, ocuparmos o espaço que nos pertence, ocuparmos e defendermos um projeto de sociedade que respeite o património coletivo de muitas conquistas alcançadas, que só foram possíveis porque solidárias, porque resultaram de muitos dias de greve, de muitos dias de luta, que hoje a qualquer preço querem reduzir a pó!

Há quem pense no dinheiro que perderá se aderir à greve, mas o que está em causa não há dinheiro que pague, é a nossa dignidade enquanto povo, é a unidade que nos fortalecerá e nos fará amedrontar os que hoje julgam nada lhes fazer frente!

No dia 24 de Novembro continuaremos a fazer ouvir a nossa indignação, ao nível nacional. Mas temos que ser capazes de ir mais longe, temos que articular as lutas com todos os que como nós também vivem o austeritarismo do FMI, do BCE, do neoliberalismo extremo! Teremos de articular lutas nacionais em dias que sejam comuns ao nível europeu, temos que as coordenar para que seja possível construir a barreira necessária para travar este processo que nada mais visa que o empobrecimento generalizado e a desvalorização do trabalho!

Dia 24, em Greve e na Rua, contra o empobrecimento! Contra a desvalorização do trabalho!

Deolinda Martin

 

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