Greve (mesmo) Geral Versão para impressão
Domingo, 20 Novembro 2011

 

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O patronato anda nervoso. Há medida que se aproxima a Greve Geral, multiplicam-se os ataques às organizações de trabalhadoras/es e multiplicam-se as estratégias de contra-informação.

A direcção da Metro do Porto decidiu participar em peso na escrita de um texto onde se elencam 8 razões para não fazer greve. Nesse texto, obviamente, fala-se das condições de trabalho na Metro do Porto. Fala-se de não serem pagas as horas extraordinárias efectuadas, de não serem pagas horas nocturnas, de não haver progressões na carreira, de não haver aumentos salariais iguais aos da função pública, de haver cortes salariais iguais aos da função pública, de não haver acordo de empresa ou contrato colectivo de trabalho e de não haver uma presença efectiva de sindicatos representativos das/os trabalhadoras/es da Metro do Porto.

Se este texto nos diz algo, é que por maiores que sejam as adversidades enfrentadas pela actividade sindical, ela é essencial na protecção dos direitos de quem trabalha; na defesa dos postos de trabalho e do salário. Para além disso, este texto representa o culminar da demência que se tem vindo a apoderar da gestão das empresas públicas, levando-as a buracos sem fundo. Esta insanidade nasce da “política da tesoura”, que nos traz um Orçamento de Estado onde se corta no Orçamento da Saúde, da Educação e da Acção Social.

É inaceitável e inviável, por exemplo, que sejam dadas benesses às empresas de telecomunicações apesar dos seus lucros em 2010: PT - 5.672 milhões de euros (recorde da actividade), Vodafone Portugal - 282 milhões de euros, Optimus – aprox. 30 milhões de euros. Estas benesses não servirão, obviamente, para melhorar as condições de trabalho nestas empresas, que poderão diminuir ao número de trabalhadoras/es  das suas linhas de apoio (maioritariamente precárias/os) com o aumento da carga horária prevista e que já anunciaram aumentos de tarifas para Janeiro de 2012.

Aumentam-se os preços-base dos serviços (água, electricidade, gás, transportes), aumentam-se os impostos (IVA, diminuição de deduções fiscais, criação de sobretaxas “especiais”), mantêm-se os salários (insinua-se redução do salário mínimo) e aumenta-se a carga horária, para proteger a continuidade das regalas fiscais à banca e a sectores “improdutivos”.

O Orçamento que nos propõem é um ataque a todas/os as/os trabalhadores e às pequenas empresas que, perante o aumento do IVA, têm a opção de aumentar os preços neste cenário adverso ou assumir o pagamento desse imposto.

Dia 24 de Novembro, saímos à rua por alternativas.

Aprendi outrora que nada é absolutamente incontornável. Aprendi que para tudo há uma outra forma. Assim sendo, apenas temos de rejeitar estas agressões e exigir outras politicas. Políticas que não nos empurrem para o abismo económico; que motivem quem vive do seu trabalho; que chamem às suas responsabilidades quem nos trouxe a esta crise.

Dia 24 de Novembro, a Greve é Geral!

Ricardo Salabert, membro do movimento FERVE

 

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