«Somos todos americanos» Versão para impressão
Quarta, 07 Setembro 2011

Há 10 anos, no dia 12 de Setembro de 2001, o jornal Le Monde ocupava a sua primeira página com a manchete : «Somos todos americanos!»

americademocracyEssa foi a palavra de ordem que deu luz verde à invasão do Afeganistão pelos EUA em 7 de Outubro à revelia da ONU cujo Conselho de Segurança só em Dezembro viria a assumir a responsabilidade da ocupação furtiva do Afeganistão pelos EUA e a guerra “duradoura” conduzida pelos EUA e seus aliados mais próximos, agora em nome da NATO.

Liberdade Duradoura se chamou a operação alegadamente para capturar Bem Laden o indigitado responsável  pelo brutal ataque às Twinn Towers em 11 de Setembro.
Um mês depois, da proclamação/apelo do Le Monde, Le Fígaro dava uma notícia que deveria ter feito estremecer a comunidade jornalística mas que, aparentemente, ninguém se sentiu entusiasmado a dar-lhe seguimento: Ben Laden, dois meses antes, em Julho tinha sido visitado pelo chefe local da CIA no hospital militar dos EUA no Dubai onde estaria  a tratar-se da doença renal que há já alguns anos o afligia (http://www.scoop.co.nz/stories/HL0111/S00018.htm).
A notícia é repetida basicamente nos mesmos moldes, uma semana depois, sem qualquer desmentido oficial, oficioso ou particular.
Segundo as vozes mais próximas de Bush este teria invocado uma ordem directa de Deus quando tomou a iniciativa de invadir o Afeganistão; essa mesma ordem ter-lhe-á chegado em março de 2003 para se lançar contra, as opiniões aqui divergem, o laico Sadam ou o  islamita Sadam. De qualquer modo Deus não terá dado aval ao argumento das armas de destruição maciça, sabendo naturalmente que elas não existiam, mas que lhe chegaria o argumento do engrandecimento do seu segundo povo eleito, o povo americano (norte-) e da implantação da democracia da cristandade, à bomba.
Uma coisa é certa, os principais líderes religiosos cristãos e judeus atribuem a tragédia das Twinn Towers  ao castigo de Deus contra a libertinagem a que os EUA estavam a chegar, com especial ênfase sobre  o aborto.
Bush, em cerimónia soleníssima na Catedral Nacional, não sei se de pesar se  de agradecimento pela tragédia, depois da homilia em que o celebrado pastor Billy Graham proclama que os EUA precisam de uma renovação espiritual, não só se entrega nas mãos de Deus como o invoca para a cruzada contra Ben Laden, a quem atribuiu a responsabilidade do atentado.  E, como vimos pela referida manchete do Le Monde de 12 de Setembro, teve o mundo capitalista e dependências praticamente todo com ele.
O mais interessante desta história bíblica é que Ben Laden apenas cerca de quatro meses depois do 11 de set embro achou por bem, talvez instado pelo CIA que o visitou no hospital militar dos EUA no Dubai em Julho, reivindicar, mesmo assim de forma algo críptica, a responsabilidade do atentado.
O mais complicado da mesma história é a constatação de que a maior potência mundial, teve o seu espaço aéreo sem defesa, activa ou passiva, durante mais de duas horas, permitindo que quatro aviões comerciais andassem fora da rota, como que recreando-se, até se despenharem airosamente dois sobre as torres gémeas, um nos campos da Pensilvânea e, outro, ainda, quase uma hora depois de todo o país estar em alerta perante o ruir das torres, contra o Pentágono, a instalação militar mais bem defendida, activa e passivamente, do Cosmos conhecido.
Dos terríveis desastres não restaram quaisquer destroços dos aviões, nem um motor, nem uma asa, nem um dos sapatos que aparecem sempre nestas ocasiões. As próprias vítimas sublimaram-se. A não ser o resistente passaporte do comandante da operação. Do impacto no Pentágono  só há quatro ou cinco vídeos, e a “maior” parte  são das câmaras de vigilância de uma bomba de gasolina, porque o mais bem guardado e vigiado local do Cosmos, não conseguiu obter imagens.  
Mas, ainda, o mais grave é que não foi iniciada qualquer investigação, daquelas que mobilizam todas as forças policiais e judiciais dos EUA, como por exemplo quanto ao sexo oval (como se sabe, no Alentejo só  é conhecido o sexo anal, ano a ano, e oral, hora a hora) entre a Mónica Lewinsky e o então presidente Bill Clinton que também toca trompete. Aliás, na investigação ao sexo oval foram empenhados 40milhões de dólares e para a investigação(?), ou seja as despesas da comissão de inquérito que apresentou o seu relatório em 2004, 600 mil dólares.
O relatório desta Comissão de Inquérito faz-me lembrar os relatórios do 25 de Novembro e das Sevícias promovidos pelos novembristas de 75, agora tudo malta fixe, contra a esquerda militar, elaborados pelas personalidades mais próximas da capacidade tramista da Pide que puderam encontrar, entre eles gente de alto gabarito cultural e político.
Ou seja, o relatório foi produzido por amigos e /ou dependentes da Administração Bush. E até se esqueceram de referir o colapso, por volta das 17.30 horas do mesmo 11 de Setembro, da Torre 7, a 100 metros das Twinn. Podiam ao menos dizer que ficou tremebunda durante sete horas até que caiu. Mas não. Somente nem deram por ela.
Mas o mistério foi desvendado numa entrevista , que eu vi!, não me lembro se à CNN ou à CBS, `do magnata Larry Silverstein  – estes gajos como são eles que mandam têm ao menos um certo dom de descontraída sinceridade . Ele foi entrevistado porque  em Julho de 2001 arrendou o Worl Trade Center por 99 anos e fez um seguro contra o terrorismo. O seguro foi obrigado a pagar a dobar, os aviões foram dois!, e recebeu por ordem do tribunal uma indemnização de 4,6 milhões de dólares.
Nessa entrevista revelou candidamente que, ao ver as Twin Towers desagregarem-se, pensou logo que a torre 7 ficava desacompanhada e  daí tê-la mandado implodir! Ficamos a saber que das 11 horas, demos-lhe algum tempo para verificar, pensar, reflectir , decidir e fazer executar, até às 17 30, hora  da implosão da torre 7, o tipo conseguiu  que se colocassem as cargas necessárias para um edifício de cerca de cinquenta andares. A engenharia norte-amwericana no esplendor da sua capacidade explosiva.
O FBI esteve, aparentemente, alheado de tudo excepto para ocultar ou forjar provas. A prova mais extraordinária de todas foi, como se sabe, a apreensão do passaporte chamuscado do médico egípcio dirigente da Al Qaeda, que seria o chefe da operação e teria perecido na explosão de um dos aviões que embateram nas torres.
Portanto, uma explosão que teria fundido  toda a estrutura de um edifício daqueles, apenas chamuscou um passaporte que caiu, planando suavemente, até se depositar sem mais danos sobre o pandemónio de destroços e poeira que restaram das torres. Deus escreve direito por linhas tortas e logo o passaporte foi recuperado.
Algo semelhante, aliás, se passou com o querosene do suposto avião (toda a gente sabe que não foi!) que terá feito um buraco de 5 metros, que depois de a parede ruir se alongou para 15 metros, no Pentágono. Nada ficou, nem um passaporte, tudo incinerado, os materiais e cremado, as pessoas, directamente. Mas nas paredes hiantes que davam sentido ao buraco, as fotografias mostram computadores e diverso material de escritório.
Fico por aqui porque tudo, ou quase tudo, provas, testemunhos, investigação, movimentação cívica se encontra em http://www.reopen911.info/. Se acharem que não se trata “apenas”  de teoria da conspiraçãopassem por lá. A minha opinião sustentada e à prova de querosene a 800 grau, é que se tratou sim de uma conspiração da pandilha bushiana Perle, Wolfowitz, Cheney, Rumsfeld,Condoleeza. Por mim acho que Bush fez a parte do idiota útil.
Eles precisavam do seu Pearl Harbour para executarem o plano de apoderamento directo do Médio Oriente começando pelo Afeganistão.
Por lembrança: há meses passou na RTP2 um documentário da BBC, o melhor que já vi sobre o assunto em que o chefe da Defesa dos EUA, porque não tinha mais nada que fazer (ou por saber muito bem o que se passava), andava alardeando a sua alma generosa a empurrar macas no terreno fronteiro ao buraco, em plena guerra contra os EUA como foi assumido o ataque terrorista que revelou as debilidades do império! E  Condoleeza Ricce, a Secretária de Estado a ser entrevistada dizendo que naquela altura nada lhe restava senão rezar pelas vítimas, ou coisa assim, e que os F16 (ou 17 ou 18) tinham sido enviados para o Atlântico em vez de irem à procura dos aviões desviados para o espaço aéreo dos EUA, porque as normas de execução permanente  que contemplavam a ameaça soviética a tal obrigavam. Como se sabe, os EUA corriam em Setembro de 2001, 10 anos depois do fim da guerra fria e da implosão da URSS, o risco iminente de serem bombardeados pelo camarada Putin. Sim, de facto, estamos ao nível da farsa. Mas da farsa não no tablado mas real e abjecta. Tanto Rumsfeld como Condoleeza a serem verdade as suas afirmações  teriam comparecido perante o grande júri e certamente  julgados por crime contra a segurança dos EUA.
Isso é lá com eles…
Pois, não é!
Porque «somos todos americanos», não para nos agacharmos perante versões oficiais sem bases credíveis e maquiavélicas, ele que me perdoe apesar de tudo, mas para sermos solidários com o povo americano que desde aquela infausta data se viu envolvido em mais guerras de agressão, e ficou sujeito a um regime protofascista.
Considero lamentável  que toda uma classe, vocacional e estruturalmente curiosa e perspicaz, não tenha sequer tentado perceber junto de todas as fontes disponíveis o que realmente se terá passado e tenha engolido uma versão precipitada - na tarde do dia 11 de set 2001 já Bush tinha acusado o terrorismo islâmico e a Al Qaeda sem qualquer argumento a não ser o sopro de Deus; uma versão inverosímil – o mais elementar bom senso leva a não confiar nas conclusões oficiais e antes delas nos procedimentos rústicos em torno do caso;  uma versão desmentida por todos os estudos técnicos independentes e credíveis; uma versão posta em causa por elementos do comando das forças armadas norte-americanas, por cientistas, por faculdades prestigiadas, por técnicos especializados, pelos bombeiros que andaram a combater os fogos e, finalmente, posta em causa pelas próprias contradições óbvias entre o relatório e os factos conhecidos.
Para além do mais revela a captura, pela ideologia do império, dos media tornando-os agentes de ocultação da verdade  mesmo quando ela está provocadoramente  à vista, como é o caso do 11 de setembro .
Estamos perante uma mentira com tais características que a sua demonstração tem um papel fulcral na luta contra a ideologia do império, na luta contra a influência mortal dessa ideologia, em que o medo tem especial papel, sobre o povo norte-americano em primeiro lugar e que, perante a evidência da verdade do crime perpetrado directamente contra si próprio, pelos seus governantes eleitos, poderá ter um sobressalto que o ajude a acordar do sono letárgico e letal
Na Europa e em Portugal não nos podemos contentar com a versão que todos sabem viciada mas que todos aceitam sem pudor. Os crimes financeiros e económicos vêm sempre encobertos pelo manto diáfano, embora, mas eficaz, do tem que ser, não há alternativa, estamos a fazer os possíveis.
A revelação de que os senhores do mundo e governantes da civilização, desde Bush e agora Obama com os seus paranóicos doutores Strangelove, como Perle , Cavaco e seus sicários trafulhas à BPN, a Merkel e seus junkers com Hitler a comandar os seus sonhos e pesadelos,  aos bons velhos socialistas que se venderam fingindo uma terceira via decalcada do mais cretino huitclos, são cúmplices , invocando  altíssimas “razões” de Estado, desse crime hediondo que foi o ataque perpetrado contra o WTC ajudará à luta interna pela paz e pelo combate ao capital gerador de crise e de guerra.
É preciso mostrar com toda a delicadeza e diplomacia que estamos a tratar com um cáfila de crápulas, os camelos que me desculpem, capazes de sustentarem e mandarem cometer todos os crimes necessários à preservação do império.
Não podemos continuar olhar para os EUA apenas como o império agressor e homicida, sem escrúpulos e sem qualquer respeito pelo direito humanos e pelos direitos das nações, dos Estados e dos povos. Não podemos estar alheios  à luta do povo que vive  no centro do império. Ou então nada aprendemos com Amílcar Cabral.
A luta do povo norte-americano é uma luta que exige solidariedade activa até porque muito lhe devemos! E porque com ele temos que contar.
As lutas pelos direitos cívicos dos anos sessenta, as lutas contra a guerra do Vietnam lançaram as sementes de Maio de 68 na Europa e no mundo capitalista. O seu significado civilizacional, foi consequência directa  da luta pioneira  contra a civilização burguesa  iniciada nos EUA pelas grandes movimentações contra a guerra do Vietnam  e contra o Estado criminoso que a conduzia.
O  paradigma da civilização capitalista  que a Europa adoptou depois da II Guerra Mundial, dominada economicamente pelo plano Marshall, institucional e militarmente pela NATO e socialmente pela «american way of life», começou por ser posto em causa, radicalmente e sem concessões, dentro dos próprios EUA.
Foi o povo norte-americano que desencadeou o movimento que pôs em crise a civilização burguesa, que de uma forma plural e polémica, caótica e libertina, pôs em causa o caos organizado do Leviatan, lançou sementes que ainda hoje germinam  e que darão frutos quando a ganga dogmática e ideológica for totalmente erradicada da luta cidadã, da luta dos trabalhadores, em todas as suas vertentes: económica, política, social e cultural.
A luta revolucionária terá que ser feita contando com a energia dos sectores progressistas do povo norte-americano a começar, naturalmente, pelos mais  activos na luta contra a guerra, contra o desemprego, pelos serviços públicos, pela cidadania liberta do patriotismo paranóico, mitológico e predador.
A luta progressista nos EUA é muito difícil, pois trata-se de uma das sociedades mais alienadas, com um Estado quase confessional, os cidadãos entalados entre o mito dos pais fundadores da democracia mais avançada saída da luta contra o colonialismo e da guerra civil que libertou os escravos e mitologia da pátria como sustentáculo espiritual da mais poderosa e agressiva máquina industrial e militar do planeta.
Mas ela é decisiva para mudar o mundo.

 

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