O caminho da esquerda Versão para impressão
Quarta, 18 Janeiro 2012

 

luta_social

Uma das características do capitalismo é a capacidade de instalar o caos sobre o caos, é a proeza de não ter limites sob o próprio limite. Porque ninguém retira a este fanatismo ideológico a habilidade de piorar quando já ninguém consegue imaginar um cenário pior.

Assim é em Portugal, assim é um pouco por toda a europa. PSD e CDS estão juntos nesta corrida contra o homem e contra todos os valores sociais que adquirimos ao longo da história. Para nós jovens, este é sem dúvida o período mais negro da democracia em Portugal de que temos memória, porque a igualdade não está, e os direitos faltam, porque o futuro já não é nosso. E tudo o que interessa são as contas (mal feitas), o capital (mal distribuído) e a vida de uma economia que nos controla.

Mas em momentos como este, em que nos retiram tudo, há sempre algo que permanece connosco, a resistência, a luta que cada um de nós pode travar. A história já nos provou que são situações como as de hoje que levam o povo a radicalizar nos protestos, nas formas de luta. E creio que esse momento está a chegar. A situação actual não permite uma outra condição. E é na rua que transformaremos, é lá que tudo voltará a fazer sentido.

Cada um de nós pode fazer a diferença, na rua, em casa, na internet, na escola… Apenas não podemos parar. Porque esquecermo-nos é abdicar da vida, conformarmo-nos é abdicar da vida, deixar passar é abdicar da vida… A nós o que é nosso por direito, a existência não pode passar pela sobrevivência.

O futuro é agora, os estudantes, os trabalhadores, os precários, os pensionistas, os desempregados, não podem esperar mais. A democracia é a prioridade. A indignação tem de ser a palavra de ordem. É tempo de radicalizar, de não poupar nas formas de luta, de sermos mais ousados e irreverentes.

Este é o espaço por onde a esquerda terá obrigatoriamente de crescer. É esse o caminho que tanto o Bloco, como todos aqueles pensam à esquerda vão certamente percorrer.

Avizinham-se tempos difíceis, é hora de quebrar o ciclo.

André Moreira

 

A Comuna 33 e 34

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A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil"EditorialISSUUPDF

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