A Crise é um Negócio Versão para impressão
Terça, 02 Agosto 2011

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O que é afinal esta coisa a que chamamos de crise? Será uma forma de azar, um destino inevitável? Todos nós ouvimos esta inquietante palavra desde cedo, mas quantos de nós é que realmente pararam para pensar no que ela realmente significa, no que ela realmente representa?

A questão não é tão linear assim e numa sociedade dividida pelo capital, em que a luta de classes continua a ser o grande motor do progresso, os conceitos económicos diferem de acordo com as posições sociais. Mas a realidade é uma e longe da opressão dos grandes senhores, ela torna-se perceptível e simples. Porque ninguém nos pode dizer que o mundo é deles e que nós somos apenas as peças de xadrez que eles movem até fazer xeque-mate.

Para nós que não caímos nas ilusões capitalistas, crise significa perder direitos, significa deixar de viver para começar a sobreviver, significa abdicar do que é nosso, significa submeter-nos a eles em nome do cifrão, significa ser parte deste negócio em que somos uma mera mercadoria.

Mas não é este o estado permanente de todos aqueles que sobrevivem no regime capitalista? Sim é, e é também por isso que as crises são constantes e correspondem apenas a períodos em que o capital, desesperado, torna-se ainda mais ousado.

A crise é esse período, é esse negócio que serve os mesmos de sempre, sob a fórmula de sempre, com as somas e multiplicações do costume, onde a variável social é perigosa e como tal não pode entrar.

Mas neste sistema que quanto mais cresce mais morre, a diferença entre hoje e amanhã pode ser a diferença entre a vida e a morte, entre a liberdade e a submissão. E por isso é urgente intensificar a luta, é urgente negar os velhos dogmas, é urgente caminhar em frente com todos aqueles que estiverem connosco. No capitalismo o futuro é sempre hoje, porque a humanidade não pode esperar.

Nuno Bragança escreveu em “A Noite e o Riso”: “Os pobres são os degraus da escada que conduz os ricos ao céu.”
Se somos nós a formar a escada, somos nós que decidimos o seu último patamar, vamos alterar esse destino, eles não merecem o céu.

André Moreira

 

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